As nações foram escolhidas por serem responsáveis por 60% dos pedidos de visto para o Brasil

Até outubro deste ano, mais de US$ 4,8 bilhões foram movimentados por turistas que visitam o Brasil para conferir a cultura, a história e as belezas naturais do país. Para fortalecer o turismo brasileiro, a entrada dos visitantes da Austrália, Japão, Canadá e Estados Unidos ficará mais simples com o visto eletrônico, que está sendo emitido desde 21 de novembro para os australianos.

O próximo país a ser beneficiado com a novidade será o Japão, em 11 de janeiro, seguido pelo Canadá, no dia 18, e pelos Estados Unidos, em 25 de janeiro. As nações foram escolhidas por serem responsáveis por 60% dos pedidos de visto para o Brasil: em 2015, foram 400 mil vistos para turismo ou negócio para os turistas desses países.

“Antes, o turista tinha de pegar toda sua documentação e levar ao consulado brasileiro, e levava cerca de 30 a 40 dias para receber o visto. Com o visto eletrônico, você faz o upload dos documentos e o recebe em 72 horas”, explica o chefe da assessoria de relações internacionais do Ministério do Turismo, Rafael Luisi.

Além disso, os turistas não vão mais precisar se deslocar até o consulado brasileiro mais próximo e os vistos ficaram mais baratos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor vai cair de US$ 250 para US$ 40.

O processamento do visto eletrônico não é de urgência e dura até cinco dias úteis, portanto o turista deve solicitar previamente, lembra o conselheiro Paulo Gustavo Iansen de Sant’Ana, chefe da divisão de imigração do Ministério de Relações Exteriores. Cerca de 500 mil vistos devem ser emitidos pelo novo sistema, que vem sendo preparado desde o ano passado.

Isenção Além do visto eletrônico, o Brasil está facilitando a entrada de turistas de outros países por meio da isenção de vistos e da criação de visa centers. No caso dos acordos de isenção, o brasileiro também é beneficiado e pode entrar nas nações somente com o passaporte, sem vistos ou documentações a mais.

“Já assinamos cerca de 90 acordos com grandes parceiros, como países da América, União Europeia, África do Sul, Rússia, mas com alguns mercados ainda não foi possível fechar acordos dessa natureza. Então, a solução do visto eletrônico cai como uma luva”, diz Sant’Ana.

Na China, foram instalados cinco visa centers, locais que avaliam a documentação e enviam ao consulado brasileiro. Com isso, o tempo de processamento foi reduzido de 40 para cinco dias. “Nossa intenção é que a China, que hoje manda 120 milhões de turistas para o mundo por ano, tenha maior facilidade de vir para o Brasil, que recebe atualmente 50 mil turistas chineses”, afirma Rafael Luisi.

A meta para 2018, segundo Sant’Ana, é aumentar o número dos centros para 15 em 2018. “Com a China, houve vários avanços. Durante a visita do Presidente da República à China, ele assinou acordo que amplia a validade do visto de turista de 90 para cinco anos e de negócios de três anos para cinco”, ressaltou.

Fonte | Infomoney
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