Vítimas, de 12 e 13 anos, eram abusadas pelo tio-avô desde o ano de 2015, na zona rural da cidade; menina mais velha engravidou e teve criança em novembro deste ano.

Uma mulher de 31 anos foi presa nesta quinta-feira (7) suspeita de envolvimento em abusos sexuais das filhas em Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo a Polícia Civil, ela recebia R$ 50 para permitir que o tio dela abusasse das meninas, de 12 e 13 anos. O autor, de 60 anos, foi preso na noite desta quarta-feira (6) na casa de um irmão dele, onde estava escondido há um mês.

Os abusos, segundo a polícia, eram cometidos desde o ano de 2015 na zona rural da cidade, mas se agravou no início deste ano após a menina mais velha engravidar do tio-avô; o bebê nasceu no dia 09 de novembro deste ano e, no mesmo dia, uma tia das vítimas procurou a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar os abusos.

“A mãe das vítimas prestava serviços de limpeza para o autor, sempre aos finais de semana. Durante a realização destes serviços é que os abusos aconteciam. E, pelo que se apurou, ela recebia para permitir que as filhas mantivessem relação sexual com o tio”, explica o delegado regional, Jurandir Rodrigues.

Durante os levantamentos, a vítima mais nova relatou a investigadores da Deam que o sonho dela era encontrar com algum policial para que pudesse denunciar os abusos, mas ela tinha receio de ser punida pela mãe.

A mãe e o tio foram apresentados na tarde desta quinta-feira. A mãe das meninas afirma não ter denunciado o caso por ter sido ameaçada com uma arma pelo tio. Por outro lado, o homem nega ter mantido relação com as meninas e afirma ser vítima de armação da denunciante.

O delegado regional afirma que o homem será indiciado por estupro de vulnerável e, se condenado, pode pegar de 8 a 15 anos de prisão relativo a cada uma das vítimas. A mulher será indiciada por coautoria de estupro de vulnerável, corrupção de menores e exploração sexual de menores. A soma das penas pelos crimes cometidos com cada uma das meninas pode ultrapassar 25 anos.

Segundo a PC, as vítimas serão encaminhadas para a rede pública de saúde para receber acompanhamento psicológico.

Fonte | G1

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