Professora foi alvo de envenenamento e quase morreu.

Professora há 16 anos, Célia de Oliveira Schonherr ou “Celinha”, 46, foi alvo de envenenamento e quase morreu na Escola Estadual Santa Elvira, unidade do campo, na comunidade de Santa Elina, distrito de Rondonópolis (212 Km ao Sul de Cuiabá).

Ela tem formação em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, Espanhol e Inglês e, na unidade, dá aula de Língua Portuguesa no ensino médio e fundamental.

O caso rendeu registro de boletim de ocorrência policial na Delegacia de Juscimeira, cidade mais próxima, por tentativa de homicídio. Ela suspeita que algum aluno colocou perfume na garrafinha dela, mesmo após avisar que é extremamente alérgica. Ela passou mal, teve que ser internada e, uma semana depois, ainda sofre as sequelas. O perfume, no organismo dela, atua como veneno.

Celinha conta que na terça-feira (5) entrou em sala e disse bom dia, iniciando a aula para a turma do 3º ano B.

“No fundo da sala, tinha um rapaz borrifando perfume, junto com outros. Pedi para pararem uma, duas e na terceira vez o odor já estava muito forte, então avisei que sou extremamente alérgica e que íamos ter que sair de sala, porque não estava aguentando e ia passar mal. Quando estávamos do lado de fora, a diretora perguntou o que tinha ocorrido. Expliquei e depois fui entregar um prêmio em outra sala. Voltei rapidamente, peguei minha garrafinha, que levo para escola com água, e fui para o 6º ano. Antes de começar a próxima aula, tomei um gole grande. Foi então que senti forte gosto de álcool e o cheiro de perfume misturado na água. De imediato tive mal estar e senti queimando na garganta. Mesmo assim continuei trabalhando até 19h30 mais ou menos, porque nesse dia dou aula em dois turnos, à tarde e à noite. Fui embora e procurei um médico em Rondonópolis. Meu marido me levou de carro”, detalha a professora.

Acontece que ela não foi atendida, porque precisava de uma guia de encaminhamento de Juscimeira e voltou para casa. No outro dia, seu estado piorou e ela foi para um hospital de Juscimeira, onde ficou internada. Tomou medicamentos e teve alta, porém não melhorou.

Ontem voltou ao médico com forte dor no estômago. “Ele acredita que tenha atingido meu esôfago e pediu endoscopia”, explica a professora.

Ela se diz muito triste pelo que aconteceu. “Acredito que qualquer pessoa ficaria porque, por mais difícil que esteja a área da educação, não pensei que fosse vítima de uma tentativa de morte. Me esforço para ensinar da melhor maneira, dou aulas de reforço e me envolvo em projetos. Também lamento que isso tenha ocorrido em uma vila tão pequena, onde todos se conhecem”.

Fonte | Gazeta Digital
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