Justiça determinou no dia 17 a transferência em 24 horas da jovem que está grávida de 38 semanas, mas decisão ainda não foi cumprida. Promotor que ingressou com ação diz que bebê pode morrer.

Uma decisão judicial do último dia 17 determinou o encaminhamento de Patrícia Marques dos Santos para um hospital do Paraná, mas a decisão ainda não foi cumprida e o bebê por possuir malformação cardíaca corre risco de morte, de acordo com o promotor de de Justiça Alexandre Balas, da Promotoria de Justiça de Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, onde a jovem mora.

“O caso não é mais de urgência, é de desespero, porque ela pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento, por isso o nosso desespero. Entrando em trabalho de parto, há 99% de chances dele não sobreviver”, declarou o promotor.

Balas ingressou com a uma ação contra o estado para que a ida e as despesas decorrentes do período em que a paciente estiver fora do domicílio sejam custeadas pelo governo do estado. A decisão determinando o deslocamento da jovem, junto com o marido dela, para o Paraná, no prazo de 24 horas, a contar

Segundo ele, o médico que acompanhava a gravidez de Patrícia concluiu que ela deveria fazendo o tratamento fora de domícilio, já que existe a necessidade de o bebê passar por cirurgia, mas a família dela não tem condições de arcar com as despesas decorrentes da viagem e estadia da jovem e do acompanhante.

“Os custos para fazer isso são elevados. Ela depende de uma UTI aérea, com equipe médica, pois pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento”, afirmou.

Na decisão em que deferiu a liminar ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE), a juíza Edna Ederli Coutinho determinou que o estado, além do encaminhamento da jovem para o Hospital Infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba, que possui UTI neonatal e oferece serviços de cirurgia cardíaca pediátrica, custeie as despesas dela e do acompanhante durante o período em que a paciente ficar internada.

O caso é tão grave, de acordo com o promotor, que ele, por conta própria, entrou em contato com o hospital para tentar adiantar a transferência da paciente, mas, segundo ele, os hospitais precisam que a equipe que acompanha a jovem em Mato Grosso explique o estado dela.

Consta da ação que, quando estava com 24 semanas de gravidez, a jovem fez um exame morfológico em uma clínica em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, o qual apontou que o bebê estava com malformação cardíaca. Logo depois, ainda no mês de agosto, ela procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Esperidião para pedir ajuda e então foi encaminhada ao Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, para receber acompanhamento durante a gestação.

Em outubro, quando estava com 33 semanas de gestação, o médico do Hospital Universitário Júlio Müller, que acompanhou toda a gestação dela, emitiu um laudo de tratamento fora de domicílio diante da alta complexidade e da ausência de profissional especialista na unidade de saúde e recomendou o encaminhamento da gestante ao Hospital Infantil Pequeno Príncipe em Curitiba.

Fonte | G1

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