Enquanto a direção da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis põe toda classe política contra a parede pelos repasses não realizados pelo Governo do Estado – o que configura pouco mais de R$ 5 milhões em atraso – e fecha as portas da UTI Pediátrica, causando uma enorme celeuma na cidade como poucas vezes se viu nos últimos tempos, potencializada pela desinformação nas redes sociais, o prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) teve uma boa sacada e sugeriu que a Prefeitura assuma a direção do Hospital Filantrópico, no Programa SBT Comunidade, da TV Rondon.

A fala do gestor municipal faz muito sentido, mesmo porque todo dinheiro que vem do Palácio Paiaguás tem de obrigatoriamente passar pelo Paço Municipal antes de repassado à gestão da unidade de saúde, ou seja, seria um trabalho a menos, bem como o próprio Município poderia agregar toda sua estrutura em saúde, bem como orçamentária, e colocar isso à disposição das pessoas em forma de atendimentos da rede pública que já existem no local, mas constantemente estão ameaçados pela dependência financeira da atual diretoria.

Até o momento, a direção da Santa Casa não se pronunciou sobre a ideia, mas observando o que vem ocorrendo em outros centros, conforme até noticiou o NMT sobre a Prefeitura de Sorocaba, no interior do estado de São Paulo, a situação não é nova e como não são obrigatórios, legalmente falando, os repasses cobrados agora do Poder Público, estatizar seria a maneira mais inteligente de fazer com que esse problema, teoricamente, não ocorra e a unidade atenda a necessidade popular com seus serviços. E se o prefeito se dispõe, o melhor caminho é justamente a unidade de saúde ficar a cargo de um gestor que tenha meios e vontade de resolver, até porque o que o povo quer é que a coisa funcione, não importa como.

Como os muitos problemas estado à fora tornaram o caixa do estado curto e seletivo, a Prefeitura de Rondonópolis é efetivamente a saída mais lógica para a situação em todos os sentidos. Na entrevista que deu para o apresentador Carlos Vanzeli, Pátio ainda sugeriu uma outra hipótese que seria a UTI Pediátrica ser acoplada ao Hospital Regional, que, em tese, tem mais garantias de custeamento do Governo do Estado. Quanto a possibilidade de assumir a gestão, o prefeito porém fez duas ressalvas: quer o apoio da Câmara Municipal e do Rotary Clube na empreitada.

  Foto | Weverton Barros
Fonte | Notícias de Mato Grosso
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