Rodrigo Claro, de 21 anos, morreu no dia 15 de novembro de 2016. Ele fazia aula de instrução de salvamento numa lagoa quando passou mal.

A família do aluno do Corpo de Bombeiros Rodrigo Claro, de 21 anos, que teve um mal súbito e morreu após um treinamento, em Cuiabá, convive há um ano com a impunidade. Nenhum dos seis militares denunciados pela morte do jovem foram punidos. Para Jane Claro, mãe de Rodrigo, o filho foi quem teve a pena mais dura aplicada.

“Meu filho foi quem teve a pena mais dura e foi condenado a morte. Ninguém foi punido até agora, estão todos tranquilos e a família é que vem sendo torturada todo dia durante esse ano”, declarou.

Rodrigo morreu depois de passar mal durante um treinamento aquático dos bombeiros em novembro de 2016, atividade coordenada pela tenente Izadora Ledur, que era a instrutora do curso.

Izadora Ledur era instrutora de curso dos bombeiros em Cuiabá (Foto: Câmara Municipal de Barra do Garças/Reprodução)
Izadora Ledur era instrutora de curso dos bombeiros em Cuiabá (Foto: Câmara Municipal de Barra do Garças/Reprodução)

Desde a morte do aluno até agora, Ledur apresentou sete atestados e está de licença médica há um ano. A tenente ainda tentou por duas vezes ser promovida para capitã, o que foi negado pela corporação.

Em mensagem enviada para a mãe, Rodrigo disse que estava com medo (Foto: Reprodução/TVCA)
Em mensagem enviada para a mãe, Rodrigo disse que estava com medo (Foto: Reprodução/TVCA)

Ledur responde criminalmente pela morte do aluno e ficou monitorada por tornozeleira eletrônica por três meses. Porém, no mês de outubro, conseguiu na justiça o direito de retirar a tornozeleira eletrônica que a monitorava.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Ledur usou de meios abusivos de natureza física, como caldos e afogamentos, e de natureza mental ameaçando desligar o Rodrigo do curso.

“Tudo o que vier a acontecer, meu filho não voltará. O que fazemos hoje é lutar incansavelmente para que outros jovens não tenham a vida roubada como ele teve e outras famílias não passem o mesmo”, afirmou a mãe de Rodrigo.

A primeira audiência do caso foi marcada pelo juiz Marcos Faleiros da Silva, da Sétima Vara Criminal, para o dia 26 de janeiro de 2018, em Cuiabá.

Segundo Jane, a família deve continuar lutando. “A esperança é a última que morre. Se aqui a Justiça for falha, temos certeza que a justiça divina virá”, disse.

Fonte | G1

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