Um grupo de mães organiza uma manifestação com vigília em frente a praça da Santa Casa de Rondonópolos, a partir das 19h desta quarta-feira (8), como protesto contra o caos que se instalou em todo o sistema de saúde de Mato Grosso com a falta de repasses. Elas convocam as mães da cidade e pedem para que velas sejam levadas.

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santa casa

A manifestação deve ser pacífica e silenciosa. Ao menos é o que propõe os organizadores, que circulam uma imagem convidando a todos para o ato. “Leve velas e cartazes”, pedem. O protesto é contra o fechamento de uma das alas do hospital, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, que atende crianças de um mês a 13 anos em 10 leitos. O ato é realizado um dia após o anúncio do fechamento da ala por parte da administração.

Diretor administrativo da Santa Casa, Kemper Carlos Pereira, lançou nota informando sobre a situação. “Nosso corpo clínico tem feito esforços inadmissíveis a qualquer outro trabalhador para que não chegássemos a esta situação, mas quem fica sem receber quatro meses e, pior, repetindo essa situação sistematicamente?!?! Em relação a Secretaria Estadual de Saúde (SES), nós não temos acesso nem voz com o atual secretário e seus servidores. Nunca vi algo igual nestes quatro anos à frente da Santa Casa no Conselho Diretor, um absurdo de indignar qualquer cidadão!”.

Por sua vez, a SES informou que aguarda liberação de verbas da Secretaria de Estado de Fazenda para regularizar o repasse.

Mais casos

Nesta terça-feira (7), prefeitos de pelo menos cinco municípios também protestaram contra o problema de destinação de verbas aos hospitais regionais de Sorriso, Sinop e Colíder. A manifestação foi realizada em frente ao Hospital Regional de Sinop, onde os representantes do Executivo e servidores das unidades médicas fecharam a rua para protestar.

O ato foi uma decisão do Consórcio de Saúde do Vale do Teles Pires, que emitiu ofício ao Governo do Estado relatando a situação de cada unidade. A prefeitura de Sinop informou que os atendimentos estão paralisados há 60 dias, sendo que apenas urgência e emergência são atendidos.

Em Pontes e Lacerda a situação se repete, sendo que o Hospital do Vale do Guaporé não recebe repasses há quatro meses. O hospital é responsável por atender 10 municípios e parou de receber pacientes na sexta-feira (3). Na unidade, os atrasos chegam a R$1,9 milhão. Ao todo, 107 funcionários não recebem salários a dois meses e médicos e fornecedores não recebem há três meses.

No final de junho, o governo decretou situação de emergência administrativa para quatro hospitais regionais, sendo eles o Metropolitano de Várzea Grande e os regionais de Sorriso, Colíder e Alta Floresta. O decreto, que passa a responsabilidade de todas as unidades para a SES, tem validade de 180 dias e vence no final de novembro.

No início da tarde desta quarta-feira, o governador em exercício, Carlos Fávaro (PSD) fez um aporte emergencial de R$ 30 milhões para o custeio da Saúde, prometendo liberação de mais R$ 20 milhões até a sexta-feira (10).

Fonte | Hiper Noticias

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