Deputado estadual deixou o Centro de Custódia e deverá retomar mandato no Legislativo

  O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) deixou o Centro de Custódia da Capital (CCC) por volta das 15h10 desta quarta-feira (25). Ele estava preso desde 15 de setembro e conseguiu a liberdade após votação na Assembleia Legislativa, na noite de terça-feira (24). Os parlamentares votaram, por unanimidade, pela revogação da prisão preventiva de Fabris. Foram 19 votos e cinco abstenções. A decisão também devolveu o mandato do parlamentar. Os deputados estaduais Mauro Savi e o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, ambos do PSB, foram com um procurador do Legislativo estadual para acompanhar a saída do parlamentar. A esposa do deputado, Anglysei Volcov, e o concunhado do parlamentar, Ocimar Carneiro de Campos, também foram acompanhar a saída do parlamentar, assim como sua cunhada Milena Volcov. Fabris deixou o CCC e foi direto para a sua residência, onde permanecerá acompanhado por familiares. Logo que deixou o Centro de Custódia, a aparência de Fabris, mais magro, chamou a atenção de quem acompanhava a sua saída. Enquanto deixava a unidade de segurança, ele não conversou com a imprensa. Fabris somente retornará à Assembleia Legislativa após a Mesa Diretora desligar o mandato de seu suplente, o deputado Meraldo Sá (PSD).   Revogação da prisão A votação que determinou a soltura de Gilmar teve como base o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal que decidiu que as casas legislativas têm o direito de votar sobre prisões e medidas cautelares impostas contra parlamentares. Com o resultado da votação, a Procuradoria da Assembleia fez a comunicação oficial ao Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão e a suspensão do mandato, ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, onde o caso tramita atualmente, e ao Sistema Prisional do Estado, já que Fabris estava recolhido no CCC. Prisão Fabris foi preso um dia após a deflagração da Operação Malebolge, da Polícia Federal, que investigou fatos relacionados à delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, de sua família e de seu ex-assessor Silvio Araújo. Conforme a PF, Fabris obstruiu a investigação por supostamente ter sido informado antecipadamente a respeito da operação. Ele deixou seu apartamento, em Cuiabá, meia hora antes da chegada dos policiais federais,  o que fez a PF entender que ele tinha informação privilegiada. O parlamentar foi citado por Silval como um dos deputados a quem ele pagava mensalinho para a aprovação de projetos de interesse do Executivo. Fonte | MídiaNews.com.br – 26/10/2017
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